terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Como escolher e reservar um cruzeiro?

Está pensando em fazer um cruzeiro mas não sabe por onde começar e o que deve ser feito para marcar o seu próximo destino de férias? Este guia do RG Cruzeiros vai te ajudar a reservar a sua viagem embarcando no Brasil e mostrar o passo a passo até o embarque!

Porto de embarque
Para começar a planejar a sua viagem é preciso, antes de tudo, escolher seus destinos, duração da viagem e o navio. No Brasil os dois principais portos de embarque são Santos, em primeiro lugar, seguido por Rio de Janeiro. Para quem já mora nessas cidades o deslocamento até o porto é muito mais simples, mas para quem é de fora e vai precisar de transporte aéreo existe uma grande diferença entre as duas: Santos é uma cidade litorânea do estado de São Paulo onde não existe um aeroporto para desembarcar, por isso é preciso ir para Congonhas ou Guarulhos (o maior dos dois) e de lá pegar um transfer até o porto. A viagem dura em média 1h30 e custa por volta de R$100,00 ida e volta, por pessoa. A compra desse transfer pode ser feita online pelo próprio passageiro no site de empresas que ofereçam o serviço ou com a agência de viagens e é importante prestar atenção se elas levam até o navio da sua companhia de cruzeiros, na reserva será pedido o dia de embarque e o nome da embarcação, já que as malas vão direto do ônibus para o navio.
Avião pousando no Rio de Janeiro
Já para quem embarca no Rio de Janeiro o processo é muito mais simples: Basta pegar um voo até o aeroporto Santos Dumont e já estará do lado do porto, vendo seu navio ancorado quando estiver se aproximando do pouso. De táxi, bastam 10 minutos para estar no terminal de cruzeiros, algo que é muito bom para evitar chegar cansado no navio por causa da viagem até ele.
Mas nem tudo é tão bom assim para quem embarca no Rio: A desvantagem é que as companhias não apostam muito na cidade como porto de embarque, consequentemente a oferta de navios é pequena e os maiores e melhores navios sempre estão em Santos.

Destinos, navio e duração da viagem
Escolher uma rota com embarque no Brasil é algo bastante simples, bastando definir a duração do cruzeiro para ter o leque de opções reduzido a poucos roteiros diferentes:
Mini Cruzeiros - Os populares mini cruzeiros são excelentes para quem quer uma viagem curta caso não tenha tempo - ou dinheiro - disponível para fazer uma viagem longa ou queira apenas fazer um teste para saber se gosta da proposta dos cruzeiros e não enjoa. Com duração de 3 ou 4 noites, os destinos são Ilhabela, Búzios, Ilha Grande, Angra dos Reis, Itajaí, Cabo Frio ou Porto Belo, variando de uma companhia pra outra, mas os trajetos preferidos costumam incluir Búzios. O preço é o grande atrativo já que agora (mesmo com o dólar em alta), essas viagens custam em média mil reais por pessoa.
Cruzeiros de uma semana - Para essas viagens de 6 a 8 noites existem duas opções: nordeste brasileiro ou Rio da Prata. A primeira vai até Salvador passando por Ilhéus e alguns dos portos dos mini cruzeiros; e a segunda passa por Punta del Este, Buenos Aires e Montevidéu, parando em Porto Belo em algumas companhias. São viagens mais caras mas que oferecem o tempo ideal para conhecer o navio e aproveitar a viagem, já que nos "minis" o tempo é muito limitado. 
Para escolher a companhia e o  navio ideal para seu estilo de viagem clique neste link e saiba mais sobre todos os navios que estão navegando no Brasil além outras rotas diferentes das tradicionais que estão sendo mostradas aqui.

Reserva
As principais companhias de cruzeiro no Brasil possuem nos seus sites a opção de escolher e comprar o cruzeiro sem a necessidade de um agente de viagens, como se estivesse comprando uma passagem aérea pela internet. Apesar disso o mais aconselhável, principalmente caso não tenha experiência em cruzeiros, é fazer a reserva em uma agência de viagens que vai ajudar tanto a escolher a melhor opção, tirar dúvidas antes da viagem e informar caso haja alguma alteração no cruzeiro, quanto conseguir descontos e até upgrade de cabine. Para saber mais sobre as cabines e escolher a ideal para a sua viagem, leia o primeiro FAQ do RG Cruzeiros respondendo perguntas sobre elas neste link.
Para conseguir os melhores preços e parcelamentos é importante fazer a reserva com grande antecedência (um ano, por exemplo) e ficar de olho em promoções de passageiro grátis na mesma cabine, desconto em pacotes de bebidas ou crédito a bordo. 
Algo interessante é que assim como comprar com muita antecedência é vantajoso, comprar bem perto da data da viagem pode trazer bons descontos, já que a companhia tem interesse em ocupar as últimas cabines disponíveis. Ao olhar o preço final é importante ver se no preço do cruzeiro estão inclusas todas as taxas da viagem.
Para cruzeiros nacionais e pela Argentina e Uruguai não é preciso passaporte (já que estes países fazem parte do Mercosul), sendo necessária apenas a identidade com uma foto recente.
Comprado o cruzeiro é importante garantir logo, caso necessário, a passagem aérea e o transfer para não ficar sem vagas disponíveis na data da viagem.
É bom durante a reserva do cruzeiro também comprar pacotes de bebidas e excursões, caso queira, já que a bordo é mais caro para adquirir esses serviços.

Depois da reserva
Após concluir a reserva com o pagamento do cruzeiro, o próximo passo é receber o voucher, que será usado para o embarque, e as etiquetas para colocar nas malas; eles vão ser impressos em casa, caso a reserva tenha sido pela internet, ou a agência de viagens fará isso. É importante dizer que eles só são entregues perto da data de embarque.

Embarque
Chegado o dia do embarque, confira se está levando seus documentos e objetos pessoais assim como o voucher. Ao chegar no porto as suas malas serão enviadas direto para o navio até a porta da sua cabine. Cada passageiro recebe um formulário que deve ser preenchido com informações pessoais e sobre o estado de saúde da pessoa quanto a gripe ou doenças recentes, podendo comparecer ao centro médico depois do embarque, já que isso é muito importante para evitar a contaminação de várias pessoas a bordo, algo capaz de destruir a reputação de um navio. O processo de check-in pode ser bastante demorado caso no porto tenha vários navios embarcando simultaneamente mas os passageiros recebem senhas e são chamados pelos números delas, o que torna o processo mais organizado. 
Ônibus levam passageiros para navios atracados longe
do terminal, em Santos
No balcão do terminal os passageiros são fotografados para a segurança interna do navio e recebem o cartão que funcionará para fazer compras a bordo, desembarcar e embarcar, abrir a cabine e também será sua identidade durante toda a viagem. As compras feitas no navio podem ser pagas no fim da viagem com o cartão de crédito registrado no embarque ou com dinheiro.
É importante levar uma sacola de mão com uma muda de roupas e remédios de uso pessoal já que as malas podem demorar um pouco até chegar à cabine e caso queira tomar banho ao chegar nela, já vai poder.
Depois de concluído o check-in, os grupos de passageiros são chamados para embarcar. No porto o seu navio pode estar na frente do terminal - bastando ir andando até a escada de embarque - ou um pouco mais distante - precisando pegar um ônibus do porto até ele. Na frente do terminal a preferência (caso caiba) é do maior navio que esteja no porto.
Depois disso é só embarcar no navio e aproveitar a viagem!

Copyrigh© all rights reserved. Imagens e Textos com direitos reservados. Rodrigo Guerra.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Maasdam em cruzeiro pelo Caribe e Brasil

O Maasdam, da Holland America Line, escalou em Recife ontem (09/02) enquanto realiza seu cruzeiro de 49 noites com passagem pelo Caribe, Rio Amazonas e por várias cidades do litoral brasileiro.
O Maasdam foi construído em 1993 e faz parte da classe com os navios de tamanho médio da Holland America Line. Seus irmãos são: Amsterdam, Rotterdam, Ryndam, Statendam, Veendam, Volendam e Zaandam. Desses, o Rotterdam e o Amsterdam possuem um design mais diferenciado. Além deles, a companhia possui o Prinsendam (menor e mais antigo) e os grandes Eurodam, Nieuw Amsterdam, Noordam, Oosterdam, Westerdam e Zuiderdam.

O Statendam e o Ryndam vão deixar a frota da HAL e passar para a P&O Cruises Australia, recebendo os nomes de Pacific Aria e Pacific Eden. Os dois navios serão substituídos pelo maior da companhia, que será entregue no começo de 2016 inaugurando a classe Pinnacle: o Koningsdam, de 99.500 toneladas.

Voltando para o cruzeiro do Maasdam:
A viagem que o navio de médio porte está fazendo pode ser realizada em duas durações diferentes: 23 noites, de Fort Lauderdale (Flórida) ao Rio de Janeiro, ou 49 noites, terminando no mesmo porto de embarque. 
A viagem, que teve início no dia 23 de janeiro, já passou por 8 illhas no caribe e por Belém antes de atracar no Recife às 08 da manhã de ontem. Depois de passar o dia na cidade, ele saiu (às 18h) para Maceió, onde está hoje, Vitória, Ilhabela e Rio de Janeiro, onde alguns desembarcam. Para quem pagou pela viagem completa, o cruzeiro ainda segue por Búzios, Salvador, Fortaleza e entra no Rio Amazonas, onde passa uma semana em Santarém, Boca da Valéria, Manaus, Parintins e Alter do Chão, antes de voltar ao oceano Atlântico. No dia 08/03 ele já está no Caribe novamente, passando por St. Lucia, Roseau, e St. Marteen, de onde segue para Fort Lauderdale e conclui sua viagem.
O navio é classificado como Premium e, assim como seus irmãos, costuma fazer roteiros mais longos como esse, atraindo um grande número de pessoas principalmente de mais idade que gostam de fazer rotas mais diferenciadas. A bordo o Maasdam transporta 1200 passageiros atendidos por  580 tripulantes; mede 220 metros de comprimento e 55.500 GT.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Perguntas e Respostas - RG Cruzeiros #1

Nesta série que começa hoje, várias dúvidas comuns e enviadas por leitores serão respondidas para ajudar principalmente os marinheiros de primeira viagem que tenham dúvidas sobre cruzeiros, já que tudo é novidade. Nesta primeira edição vou responder a 3 perguntas e periodicamente mais FAQs serão adicionados com novas dúvidas.

Para mandar suas dúvidas pros próximos FAQs, mande um e-mail para rgcruzeiros@gmail.com ou clique aqui.

Sobre cabines: como são; qual a melhor localização; ainda existem classes como no Titanic; e se eu ficar insatisfeito com ela, o que fazer?

As cabines nos navios são divididas em diversas (até dezenas) de categorias, sendo basicamente Internas, Externas, Externas com Varanda e Suítes.
As cabines internas são as mais baratas disponíveis e costumam ter por volta de 12m². Elas ficam no meio do navio e não possuem vista para o mar, tendo um espelho no lugar de uma janela ou uma cortina para dar impressão de que tem uma. Por dar uma sensação desagradável de estar preso entre quatro paredes, essas cabines são preferência nos cruzeiros mais curtos, de 3 ou 4 noites, já que quem embarca nessas viagens vai passar menos tempo na cabine e prefere economizar o dinheiro que iria gastar com um upgrade.
As cabines externas dão uma sensação muito maior de estar a bordo de um navio. Poder acordar, abrir sua cortina, deixar o sol entrar e poder ver como está o dia lá fora é incomparavelmente melhor que acordar em uma cabine interna. Além dessa enorme vantagem, as cabines externas são consideravelmente maiores que as internas (em média medem  15m²), o que possibilita um conforto maior e mais espaço para bagagens.
Um problema que pode acontecer nas cabines internas e é facilmente evitado nas externas é acordar de manhã, ver o quarto totalmente escuro e voltar a dormir pensando que é de noite ainda. Não é difícil perder uma manhã inteira dormindo até se dar conta de que aquela escuridão é porque não tem por onde entrar luz e, enquanto você dormia, inúmeras atividades estavam acontecendo nos outros andares do navio.
Cabines externas com varanda são umas das mais desejadas. Por isso as companhias cada vez mais investem nelas, construindo navios com mais de 85% das cabines ou até todas, no caso de navios de alto luxo, com uma sacada privada.  Essa categoria oferece ainda mais espaço (20m²) e costuma ter uma decoração mais sofisticada que as anteriores, que costumam ser bem parecidas. As varandas podem ser uma opção muito boa para quem gosta de fazer as refeições na cabine, muito melhor que ficar em um ambiente pequeno e fechado.
O que acontece em comum nessas cabines (nos navios intermediários) é que são pequenas mas o aproveitamento de espaço é excelente, com diversas  gavetas e porta objetos, o que permite uma boa acomodação das bagagens.
Cabine no Norwegian Epic com  banheiro separado
Imagem: ncl.com
As suítes são o que um navio tem de melhor - e mais caro - para oferecer. Algumas chegam a  ser duplex e passar dos 100m². Os luxos vão de cardápio de travesseiro a mordomo 24h por dia. Elas costumam ficar nos andares mais altos e na parte da frente ou de trás do navio, dando as melhores vistas para seus hóspedes. Não é porque são chamadas de suítes e as outras não que essas são as únicas com banheiro! Todas as cabines possuem um banheiro e algumas companhias até criam dois espaços separados para permitir o uso por mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Vale lembrar que estou falando de navios chamados "Standard", que são navios médios (3,5 ou 4 estrelas) que fazem cruzeiros mais acessíveis. Se for viajar em um navio de luxo, as cabines são muito maiores e os confortos das melhores suítes desses "populares" são encontradas nas mais baratas dos navios "top".

A Melhor licalização: As cabines nos decks mais altos são mais valorizadas, custando mais caro, mas essas são as que balançam mais quando o mar está agitado. Cabines com vista para a frente e atrás do navio oferecem vistas espetaculares, mas também são mais instáveis. O ideal é pegar justamente o oposto: cabines no meio do navio nos andares mais baixos; a desvantagem é que elas costumam não ter varanda. Isso foi inclusive citado como uma das medidas para evitar enjoo nos navios, nesta publicação.


As classes adotadas nos transatlânticos, como o Titanic, foram abolidas há um bom tempo, então quando está a bordo do você não sabe em que categoria de cabine cada um está. O que existe hoje é uma área separada em alguns navios como na MSC (Yacht Club) e Norwegian (The Haven), que são áreas com cabines luxuosas, restaurante exclusivo, acesso preferencial ao spa, entre outros. Os passageiros que pagarem por cabines dessas categorias, claro, terão acesso a todas as estruturas oferecidas, mas os demais passageiros não podem entrar nessas áreas.

Caso fique insatisfeito com sua cabine por barulho ou defeito em alguma coisa nela, procure a recepção que eles podem fazer a troca de cabine, caso tenha uma disponível. 

Qual o tipo de roupa usada diariamente nos cruzeiros pelo Brasil?

A bordo das companhias mais populares, como MSC, Royal Caribbean, Costa e Pullmantur, o clima a bordo é bastante informal. Os passageiros andam pelo navio com roupas leves e calçados confortáveis (ideais para poder andar as dezenas de quilômetros dentro dos grandes navios). Além disso para o dia a dia, é bom levar algumas mais arrumadas para os jantares e roupa formal se desejar participar do(s) jantar(es) de gala. Caso não tenha interesse, é só ir para um restaurante informal.
A bordo existe lavanderia para quem quiser pagar pela lavagem das suas roupas. Esse processo costuma ser bem caro e é pago por peça.
Se sua viagem for a bordo de um navio Premium ou de Luxo, como a bordo de navios da Azamara, Seabourn e Oceania, é bom levar roupas mais arrumadas para passar o dia, já que a bordo a atmosfera exige esse clima mais formal.

Eu tenho que desembarcar em todos os portos da viagem?

De jeito nenhum, os cruzeiros são viagens muito liberais. A bordo dos navios você pode fazer a viagem como quiser: pode não fazer nada, como ficar na sua cabine do dia do embarque ao desembarque, ou fazer tudo o que conseguir, aproveitando todas as festas e atrações a bordo e não dormir uma noite sequer. Quando o navio chega aos seus destinos de viagem, grande parte das pessoas desembarca e outras permanecem a bordo, sendo  as melhores horas para quem gosta de tranquilidade ou quer filmar o navio quase vazio.
É importante observar que quanto maior o navio, uma parcela maior de passageiros permanece a bordo, já que quanto maior o navio, a viagem é mais focada na embarcação em si do que no roteiro. Nos navios boutique e pequenos, praticamente todos os passageiros desembarcam.

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