sexta-feira, 14 de abril de 2017

Celular funciona no navio? Cadê os cruzeiros saindo do Recife para Noronha? ‹ P&R #2 ›

Esta é a segunda edição do Perguntas e Respostas, uma postagem na qual eu compartilho e respondo as principais dúvidas enviadas por vocês!

O celular vai funcionar no navio em alto-mar?

Outros pacotes oferecidos pela Costa
O celular funciona no navio até certa distância da costa, podendo levar até mais de uma hora de navegação para perder por completo o sinal, o que é inevitável em cruzeiros marítimos. Durante o deslocamento de um destino para o outro os navios precisam navegar por águas internacionais para permitir o funcionamento do cassino e lojas a bordo além de, é claro, manter uma distância segura para navegar em velocidade de cruzeiro.
Ao contrário do que muitos pensam e fazem, não é preciso desligar o celular ou ativar o modo avião assim que o navio desatracar do porto, a cobertura de rede ainda vai permitir um bom tempo de uso dele. Mas para isso é indispensável que você desative o roaming internacional de dados para que seu celular não se conecte a satélites do próprio navio ou de outro país, o que garantiria uma surpresa nada agradável na sua conta. Estando com essa função desativada não tem com o que se preocupar, use normalmente até que o sinal acabe. Para fazer com que o celular não fique procurando por rede constantemente, o que aumenta muito o consumo de bateria, ative o modo avião quando não tiver mais sinal.
Se você não consegue ficar desconectado, procure no site da companhia quanto custa um pacote de internet. Existem opções bem acessíveis, como os planos Social Media Package, oferecido por empresas como MSC e Costa, com uso ilimitado de redes sociais por 5 dólares por dia.

O que aconteceu com os cruzeiros saindo do Recife para Fernando de Noronha?

O último navio que fez essas viagens para Noronha foi o Orient Queen 2, na temporada 2013/2014, mas nós não temos previsão de voltar a ter esse roteiro.
O problema é que, apesar do grande potencial da região, o arquipélago de Fernando de Noronha tem diversas exigências com a finalidade de proteger o meio ambiente, principalmente depois que ele foi declarado patrimônio natural da humanidade pela Unesco.
As restrições são as seguintes: a quantidade máxima de passageiros que pode desembarcar por lá ao mesmo tempo é bastante limitada (350), então é preciso que o navio seja de pequeno porte. Além disso ele tem que ter um sistema bastante eficiente de tratamento de esgoto e resíduos para não trazer impactos ambientais às cristalinas águas da região. Os problemas são: só os navios mais modernos atendem a essa segunda exigência e atualmente apenas companhias de luxo vêm construindo navios de pequeno porte. Ou seja, se tem que ser um navio novo e pequeno nós só temos opções de luxo, o que tornaria as viagens extremamente caras. O que nos sobra são ou navios pequenos e antigos, porém sem um sistema de tratamento de resíduos que atenda às exigências; ou navios maiores e mais novos, com sistemas de tratamento eficientes, mas que teriam ou que navegar com uma pequena fração da sua capacidade total de passageiros, o que tornaria o negócio inviável, ou realizar desembarques em rodízios, o que já se mostrou na prática, com o Ocean Dream, como algo que não agrada em nada os passageiros.
É comum os luxuosos navios da Ponant embarcarem passageiros no Recife no fim das suas temporadas na América do Sul e incluírem uma passagem pelo arquipélago. São navios perfeitos: pequenos e modernos. Mas os preços são para um público selecionadíssimo (a grande parte formada por estrangeiros), não daria para manter saídas semanais em navios daquele nível. 
Ou seja, atualmente não temos uma solução viável.

Os botes salva-vidas são seguros em alto-mar?

Apesar de ser bom saber que têm barcos reservas caso algo dê errado com o barco principal, muitas pessoas se questionam sobre a segurança de ficar em um bote salva-vidas no meio do oceano, principalmente se o mar estiver violento.
A boa notícia é que os botes existentes nos navios de cruzeiro estão preparados para enfrentar as condições adversas do mar e ainda manter os náufragos seguros e alimentados durante vários dias. Dentro de cada um existem kits de primeiros socorros, sinalizadores, comunicadores, alimentos prontos para serem consumidos, água e vários aparelhos de navegação. Além disso eles são capazes de continuar flutuando mesmo se estiverem inundados.

Hoje em dia o mar é repleto de navios, então caso um deles afunde e precise de ajuda as embarcações próximas serão avisadas e oferecerão apoio, embarcando os passageiros e tripulantes que estiverem no local.

Curiosidade: se apenas um dos botes salva-vidas do Oasis of the Seas, que têm capacidade para 370 pessoas, chegasse em Fernando de Noronha, ele sozinho já excederia o limite de passageiros que podem desembarcar lá simultaneamente!

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